Adeus

Saí de casa num àpice (...) Percorri todos os sitíos que me fizessem lembrar de ti. Queria despedir-me, mas não te queria encarar. Senti-me masoquista. Pela primeira vez, quis saber tudo mesmo tendo noção que me irias magoar muito. Mais uma vez desiludiste-me, como só tu o sabes fazer. Não me aptecia falar, muito menos discutir. Já discutimos o suficiente. (...) Não me magoas mais. O teu discurso ao implorar-me é ridículo, não faz o menor sentido. Não atinges sequer o objectivo de me fazer sentir culpada. Nós percisavamos de algo como uma manutenção diária. Nada se conserva desta forma, não poderíamos estar á espera que resultasse. No entanto, a gota de água foi da tua responsabilidade. Não dá mais. Não despertas qualquer tipo de reacção em mim, seja positiva ou negativa.

Jéssica Cavaco