Little stories

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo..."

Àlvaro de Campos

Desvaneios



Escrevo-te por teclas vazias de memórias.
Tudo o que é de coração, é para sempre. Amar é para sempre , o nosso banco de jardim é para sempre. As tuas mão frias na minha cara é para sempre



É para sempre, para que sempre saibas que valeu a pena.


Olhos azuis não me fascinam, mas os teus... incomodaram-me.

00:26h











Talvez esta carta tivesse uma ordem para ser escrita, até mesmo um lugar próprio.



Talvez o sonho que é(ra) nosso esteja em contagem decrescente.
Na realidade já me deste mais do que eu sempre mereci. Perco noites sem conta a pensar e a repensar sempre sobre o mesmo assunto.Invariavelmente isso irá ocorrer. Mas eu vou ter sempre orgulho em todos os momentos que me quiseste, onde partilhámos o tudo, sem pudores nem desconfianças, desconfianças essas que eram perfeitas e eventuais.

Peço-te. Quando te fores embora para sempre, não o anuncies em tom de despedida, promete-me que antes me pegas na mão. Que me levarás uma última vez, ao nosso fundo secreto. Afinal é essa a última imagem que quero acondicionar tua.

Quero que me deixes gravada a rota correcta para que sempre que precise, saiba que estarás no mesmo sítio de sempre à minha espera sem qualquer espécie de mudança repentina.

Fora tudo isto, vou-me deixar de sempres e nuncas, inacreditavelmente cravaste em mim o pior de todos os sentimentos.